Mar Morto
O dia nasceu como um mar morto.
Sem que o barro cantasse. Sem perfume.
Sem que a luz fizesse piruetas de alegria.
Estou dentro de uma hora há mais de um mês,
Num lúcido verdete adormecido.
Quero olhar pela janela e não consigo.
só ouço o som do tempo contra a margem.
E o dique, finalmente, cedeu.
8 comments:
Epá, é um belo poema. Digo-te mesmo que se não fosse um tipo extremamente macho é bem provável que chorasse também.
Sim, Luis.É um excelente poema, dos vários que esta autora, que descobri muito recentemente, tem editados.
É um retrato fiel do vazio dos dias.
***
PS: E porque raio é que os machos não choram??
Desconhecia a senhora, o que nem é de estranhar visto ser um nabo da poesia. Mas vou investigar. Quanto aos machos não chorarem não sei, é o que se diz. No fundo sou um maria-vai-com-as-outras. :)
mas tu contas há quantos dias choraste?! (a maneira como escreveste parece que é um habito regular, tipo: ha um mês que n como papa cerelac.. :P)
ai os machos n choram?! essa é boa... :P aperta-lhe os tintins a ver se n choram... :P )
bj
"Estou dentro de uma hora há mais de um mês" - gostei desta parte
ps
Sethyoder, chorar não é um hábito. Tanto não é, que me lembro exactamente do último dia em que chorei.Quanto à cerelac, eu nunca poderia dizer que não como há mais de um mês. O dia em que eu não como cerelac é um drama. :)
***
a segunda quadra é bastante tolerável
mata-te de vessssssssssssssssssssssssssssssssssssss
ups
vez
Post a Comment