Tuesday, March 22, 2011

Ainda (e sempre) a poesia

Trago-te a rosa na ponta de uma espada.
Eu sou o enigma. Tu a decifração.
Por fabulosos signos a amada
É a tua máxima significação.

Deixa o dia desaparecer na curva
Das gaivotas que voam o que são
E devolve-te a ti em qualquer gruta
De carícias que abra a minha mão.

Deixa a noite escorrer até à alba
Do olvido da nossa duração.
E em meus braços aguarda que entreabra
A eternidade a chama da paixão.

Deixa em meu corpo teus dedos alumbrados
Serem o acorde da pura vibração
Da luz que em vertiginosa temporada
Nos prendeu à aragem deste chão.

Natália Correia

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