Se fechar os olhos e sorver um solo de saxofone, se deixar o ritmo voar da pauta de mim, consigo evadir-me. Diluir-me… Esvair-me em som de areia preguiçosa nas ondas. E transformo-me, por uma fracção de segundo, no tudo e nada que quero ser. Sou livre do eu que me escraviza… sou a origem remota do jazz, sou alma negra e quente de piano e de sol, de sul, de soul.
Shhh… Sonolência. Cedo ao sono e ao sonho. E serei mais eu quando acordar e perceber que, se fechar os olhos, os meus sentidos são capazes de me transportar até onde eu quiser.
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