Thursday, November 23, 2006

Impetuoso, o teu corpo é como um rio
onde o meu se perde.
Se escuto, só oiço o teu rumor.
De mim, nem o sinal mais breve.

Imagem dos gestos que tracei,

irrompe puro e completo.
Por isso, rio foi o nome que lhe dei.
E nele o céu fica mais perto.



Eugénio de Andrade

1 comment:

goldfrapp said...

As mãos trémulas tocavam a sua pele e despertavam uma ondulação apoteótica rumo ao infinito. Sim, as suas mãos eram um leme, o seu corpo era um rio e o limite era o céu.