Thursday, September 30, 2010
Wednesday, September 29, 2010
ausência
tenho andado arredada, bem sei. ausente do blog, do msn, do facebook. é quase o equivalente a estar morta. e é bom saber que nos vão sentindo a falta. principalmente quando o limbo sem internet onde estamos tem mar, sol, gaivotas e um imenso silêncio.
Sunday, September 19, 2010
confissão
por muito que não queira, por muito que evite, por muito que racionalize e as saiba doentias, por muito que defenda o seu fim... às vezes dou por mim a ver touradas. atirem-me as pedras que quiserem: eu mereço.
Thursday, September 16, 2010
Tuesday, September 14, 2010
Sunday, September 12, 2010
Pérolas (re)encontradas
As primeiras páginas que usei para escrever foram as de um diário. Ainda não tinha feito 7 anos e continuei a usá-lo por muito tempo. À mistura com as confissões ridículas do costume, encontrei um conto que nunca cheguei a terminar. Quando o escrevi tinha 10 anos e, felizmente, o que me sobrava em imaginação faltava-me em sentido auto-crítico. Transcrevo-o tal como está (os erros são os do original).
"No tempo em que os animais falavam davam-se estranhos acontecimentos que vale a pena contar.
No Vale Feliz todos os animais se davam bem. As casas eram feitas de doces, as escolas mais divertidas.
O Vale Feliz era um estranho lugarejo esquecido.
Mas vamos à história.
Bem no centro da aldeia havia uma casa muito grande, mas apenas se conservava o seu interior. Era uma casa velha, o jardim era uma selva, excepto um grande castanheiro que permanecia ali dando beleza àquele lugar.
O Nico e a Mariana eram dois irmãos gatinhos, muito amigos. Como não tinham nada que fazer no Verão, decidiram espreitar o quintal da velha casa.
Os dois entraram bem devagar e correram até ao castanheiro.
_Olha, Nico! Este ramo dá para fazer um baloiço formidável!
_É uma boa ideia. Vou já à garagem do pai! _ disse o Nico, correndo até lá.
Pegou numa tábua e numa grossa corda e voltou ao local.
Os dois trabalharam no baloiço e quando ficou pronto, ouviu-se uma voz:
_Qui! Qui! Que fazem aqui?
Ao princípio não ligaram e julgaram ser o vento, mas depois prestaram atenção...
_Qui! Qui! Que fazem aqui? _ disse uma barata, vestida de preto, que saiu da casa.
Os dois correram e esconderam-se na loja de gelados.
A velha barata voltou para dentro.
_ Mas que monstro! _ exclamou a Mariana.
Nico concordou:
_Sim, mas eu acho que aquele baloiço é mágico! _ olhando para o baloiço que agora estava rodeado de estrelas.
_Foi a fada Íris! _ respondeu Mariana encantada _ Vamos lá de novo!
_Está bem.
Os dois pularam o velho muro e aproximaram-se.
O baloiço parecia gritar:
_"Sentem-se! Sentem-se!"
_Vou experimentá-lo _ resolveu o Nico.
Montou o baloiço e balançou-se.
De repente subiu no ar e desapareceu.
_Espera! Eu quero ir aí! _ gritou Mariana e seguiu o exemplo. Encontrou então o irmão e um mundo mágico.
Parecia uma feira! Uma feira diferente. Numa barraca amarela e verde uma cadelinha oferecia a todos pipocas. O ursinho Kevin vendia balões coloridos e uma minhoca oferecia gelados deliciosos. Os carroceis eram só para eles. Não havia mais pessoas ali.
Depois do divertimento, uma fada humana vestida de arco-íris disse:
_Voltem já para baixo. A única saída é por ali. _ aconselhou ela apontando um alçapão no meio das nuvens.
Eles seguiram por ali e caíram na sua cadeira à mesa. Já havia escurecido e os pais aguardavam."
Friday, September 10, 2010
No meu tempo...
...bom era faltar às aulas sem os pais saberem. Hoje, há-de haver quem tente ir às aulas às escondidas dos pais. Afinal... Que maravilhas se esconderão nessas aulas de educação sexual a que os pais proibem os filhos de assistir?
Sunday, September 5, 2010
metáforas
Quem escreve diz que as ondas da maré vaza desaguam nas algas como beijos sonolentos, ou que a mão das núvens percorre o corpo da areia, adormecido entre lençóis de cardos. Se falasse de beijos, diria que são sonolentos como ondas da maré vaza desaguando nas algas. E se falasse de um corpo acariciado entre lençóis, diria que é de areia branca, e os lençóis cardos, e a mão sombra rápida de núvens.
Quem escreve, às vezes, rasga com palavras fáceis silêncios intraduzíveis.
Wednesday, September 1, 2010
Oferece-se emprego
Quem se licenciou há pouco tempo sabe bem como visitar os sites de emprego se transforma num ritual diário. Começamos por reduzir as pesquisas às ofertas relativas à nossa área, mas rapidamente começamos a perceber que o melhor é sujeitarmo-nos a outras oportunidades, por muito diferentes daquilo que queremos e muito abaixo das nossas qualificações.
E quando nos deparamos com uma empresa que precisa contratar um licenciado em direito, a quem exige experiência profissional, disponibilidade imediata e os requisitos do costume e se propõe pagar-lhe a fantástica quantia que é o ordenado mínimo nacional, pensamos: mas porque raio não fui para cabeleireira?
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